quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Quem é que guarda
Os guardiões nesta
Rima de *woofa woofa*.
Passo o muro da praia
E espeto o chapéu-de-sol
Na areia morna; é já
Tarde e a maré acabou
De passar por aqui.
Tenho uma mão dourada
Que importei de Guadalajara.
Uso-a para escrever:
Olho para ela.
Aperta o narciso que sai
Água, palhacito líquido.
Tens o nariz no peito,
O batom vermelho e
Aí estás inteiro. Se
Dependesse de mim,
Duns quantos, Só bebias
Quando já estivesses
Com essa língua
Molhada de fora.
Borrego.
O pássaro da minha gaiola
Deixou de me falar.
Não sei o que se passa.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

os cavaleiros do Apocalipse
vieram de flauta,
o fim é só para quem não gosta da música.
pensa comigo:

vais ao banco e levas o dinheiro todo
depois esfregas com força contra o jornal.
és influente - não -
e bom?

então e se for contra uma folha branca
és arquitecto?

resposta:
eu não sei
mas parece uma boa sugestão.

cuidado com a chuva amigo.
linha de montagem
e os visuais mais fascinantes.
vou ao barbeiro com o telefone.

chuta mais ideias
que se replicam a si mesmas,
é só estar atento.

a pista:
art déco volta (volta sim!)
agora nas mãos
e nos pescoços,
finalmente o amor que merecem.

uma moedinha pelo novo ano

um grande porteiro
desenrosca a fita
para as princesas do mundo.

os príncipes com muito
fruity fruity love
nojentinhos, como querem.
já passou o fresco cheiro da cidade
portanto voltaram na sua bilingue carruagem
status s tatus sta tus

o redactor do jornal ficou à porta
e sacou-lhes uma foto como se
estivesse a pôr-se em estado,
estado presente,
a sentir-se curioso.

é a maior festa do ano!

o céu por cima faz de lona,
é o verdadeiro cobertor da década.
tapou-os a todos:
as princesas e os príncipes,
os duques (por cima, como o céu) e as meninas
que ninguém viu.
alguns viram e
muitos comentaram.

só há vultos desfocados.
imagine!