as musas são complicadas, meus companheiros.
ora te dão para falar delas, ora se vão para que fales delas.
aqui, ninguém dá nada a ninguém!
começo:
um bom amigo observa o papel das frutas na sociedade.
não é nenhum nutricionista,
mas se fosse se calhar tinha mais audiência.
em todo o caso: amigas, ouçam-no!
é que isto das cores e dos cheiros e das texturas
yuck! eca!
assim, até prefiro que não me deem nada.
nota: quem escreve assim luta mais para praticar
do que quem pensa mas não escreve.
para mim é tramado,
para vós, também.
neste grande banquete é difícil escolher,
vamos sempre para o que já sabemos pois
não há como fingir que se gosta do que não se gosta
quando falamos de comida.
comer não é estético,
mastigar não é estético,
ruminar não é estético,
regurgitar não é estético,
vomitar não é estético.
agora que a minha teoria é clara,
pensa durante um bocado nesta ideia:
fruta-porno,
e o caroço é um lenço esporrado de castanho ou "bege".
e tu, leitor, assumindo que não sou eu,
como fazes?
ah pois! vês-te aflito!
pronto, tá escrito.
como é que eu pouso para um poema?