quarta-feira, 22 de março de 2017

O símbolo é não ter posto no dia da poesia

Já não sou a faísca e o impulso,
o princípio dum fogo humano sem remédio,
o TAC que bate na caixa e acende,
ímpeto furioso cheio de revolta.

Crente que rende (seguia eu)
aos poucos que vão na corrente
e andam à solta sempre em fuga -
traquejam como traquejei,
agora são só bufos.

Já sem gana.
Já sem nada.
Já sem pulso.

Miúdas que são júri
de juras visionárias
de gradação elementar:
sobem, vão chocando pelos céus
cada vez mais até que tudo é tão longe,
o caminho e o destino,
só vultos-formiguinha
que são o teu passado e aquilo
que seria feito do teu futuro
prometido tão tranquilo.
Passaram-te a perninha.

E a mim
e a tantos.

 Que descontextual e falta de forma contemporânea.
Nem um técnico de prosa, nem um verso em ASCII,
nem um pós-técnoprosa nem o ASCO que com (quem) vê sente-te igual.
 É por estes e por outros que me apaga tanto a luz.
"Olha aqui! É isto não é?"
Não, nada disso. Tudo errado.
Agora faz pouco mais que bocejar
mas quando custou de verdade
eram choques dolorosos no lombo dos sonhadores.

Esta estrutura é a minha confiança.


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