terça-feira, 25 de abril de 2017

abril o presente e desapontou-se

toma um dia da liberdade -> já! temático!

 I 

guarda na caixa e lava no tanque
esfrega-esfrega, lixívia
suster os ataques da tia
quando fala do que não sabe
porque não sabe nada.

fora da caixa,
no abril tal como tantos
que foram antes de maio e depois de março,
corrido a partilhas e momentos marcantes,
marcados na agenda das redes nacionais.

 assim, estabelecido que há abril
e já não há tia (modo cabisbaixa agora, coitada)
desfruto da experiência:
da cascata de memórias
emprestadas,
que até vinham
na caixa onde pus a tia
mas agora reutilizo porque sou
ECO-FRIENDLY
e guardo temporariamente a família
para os dias festivos.

e tudo na rua:
memórias emprestadas,
postas em festa no meio praça
um tino sem contos que não contém mais fadas
nas fraldas-borradas dos homens-pirraça,
e a prole labute!
estúpidos!

estúpidos!

estúpidos!
 
estúpidos!

do passado:
 - morrem?
-  não...
- mas fogem?
- de BOIng!
quem pergunta, PIM!

BÔI-ING
porquê tão negativo?
not cool, man!!!
not nice
no cool -
no dice!!

ler mais em:
II

perdão o cinismo.

morro de culpa
mas no fundo 
até celebro genuíno
porque a história não é,
apenas foi,
e tendo sido, foi contada
e não vivida.
vivido só o presente,
cheio de gosto-não gosto
azul e vermelho,
e por muito que se projecte
e do nada que é tratado,
pelo menos projecte
a inglória busca
do ideal.
grândola foi a horas do meeting 
mas não deixam de ser grandolenses
os que de lá vieram.
ser da terra 
como o cravo.
isso é ser 
  



 

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