Aos leaky beatniks, ao velho snip
e ao que já nem se pode fumar no snob.
Malandros de boné são agora brechós.
Mané é mané, assim foi e assim é
quando os tempos eram duros e a rua larga,
e eu!
Entretanto fui de visita ao centro espiritual do linhó
mas os meus manos estavam à espera no terminal Ró-ró,
uma gracinha à camafeu, sabes quem és.
RÓ-RÓ - Con’a avó, conta até dez!
Do lugar do passageiro um Orfeu solitário, pálido,
todo torcido e mal apoiado, se bem que ambos são o mesmo
do lado abandonado da minha cama.
Se um grito bastasse como antes:
RÓ-RÓ – Cona da tua avó!
Ró-ró, para que pares.
Pára que aí vem mais.
Tens que congelar, o campo é amplo mesmo por isso.
Bem sabes que em vias de oportunidade, os teus ais são compromisso.
Ró, apanhei-te uma vez, duas e três!
A Saúde transformou-se na praia do Guincho,
com dedos profanos que encarnam deleite,
vulgar e ausente, do rancho ao lixo:
RÓ-RÓ - Con’a avó, conto castiço.
Vens de Santos ao Cais
e antes uma pausa para a ilha comprida.
Se são dunas ou areal, pouco importa,
para mim, o Sunderland joga c’o Arsenal.
Dá para ver o jogo no bar da praia?
Um assalto foi mais inocente do que a hora de apanhar o metro.
Tantos anos passam ao ritmo dum post,
mas o Ró-ró agora é outro.
Tu de jato
e eu de Bolt.
RÓ-RÓ - Con’a avó!
Nenhum comentário:
Postar um comentário