estética auto-sustentada
é um "ai nossa senhora" agnóstico,
uma pilantra da noite
que se nega não na imagem
mas na substância.
quem lhe sacode o capote descobre
o pó e o cristal e as raízes de todo o mal.
um marmelo que retrate
a arte.
facilita na causa e ajuda no engate.
há várias formas:
vende, compra, dá ou empresta.
quem tem pressa não empresta,
sabe que fuinha que baste
não joga regras nem normas.
mas quebra!
alega
(nunca pisando na risca).
aliás, quem a estica
senão a bisca trunfada?
com a manilha na mão
e o ás na machada
a carpintor lá se esforça:
faz uma casa a cores
e o malvado tira o seu quinhão.
é o preço dum abrigo,
abrigo da quinta e da choça.
mais uma noite branca, como quero,
pensando na vida com amigos de pedra.
não batem cartada, só fazem poemas.
donos de prédios, eu não quero problemas!
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