teremos sempre Paris,
não fosse Paris quando o homem quer.
mas o que pode querer um mano
quando Paris é um filme do Woody Allen
e uma impostora ali se expõe em seu lugar?
como é que a salvamos do passado?
eu já pensei em pintá-la de azul
e trata-la bem, e mal,
e ler para crer, parar para depois esquecer
e fazer que não se sabe de nada
(o ingénuo é oportunista).
já a enterrei em entulho
já me fiz com barulho,
já a reciclei
e até tentei que fosse Londres
(sem vertigens, óbvio).
fi-la de morta, à espera dum milagre,
declarei-a património mundial (!),
até a apostei numa roleta.
nada.
enquanto sonhamos com as visões duma Joana
vamos rezando com fé que sim, teremos sempre Paris.
duvido alguma vez dizer o mesmo do Rio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário